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Descubra qual é a sua paixão em 8 reflexões provocadoras
Warren Berguer, autor do livro “A More Beautiful Question”, seleciona perguntas que designers renomados, inovadores da área de tecnologia e empreendedores fariam a si mesmos, com o intuito de aumentarem a própria criatividade.
22 de abril de 2014 Ricardo Wendel Insights
Por Warren Berger
Em um de meus últimos posts, eu compartilhei uma série de questões para ajudar a superar o medo do fracasso. Porém, às vezes, há um problema ainda mais básico que pode nos impedir de alcançar os nossos objetivos: não saber quais desafios ou paixões perseguir. Nos dias de hoje, há uma urgência em “seguir suas próprias paixões” – mas e se você não tiver certeza quais são elas e para onde seguir?
Esse texto é a segunda da terceira parte de uma série de posts adaptados por Warren Berger em seu novo livro, “A More Beautiful Question”, em que o autor conversa com designers renomados, inovadores da área de tecnologia e empreendedores, fazendo com que esses líderes criativos explorem a arte com um novo potencial de inovação, ao se fazerem as perguntas certas.
Isso pode ser um problema, não apenas para aqueles que estão no início da carreira, mas também para quem já está estabilizado em sua profissão – até mesmo para pessoas de grande sucesso, mas que ainda se sentem incompletas. É muito mais fácil encontrar um caminho determinado por terceiros ou por circunstâncias (leia-se aqui por ofertas de emprego ou projetos inesperados que são bom demais para serem rejeitados e que podem se tornar carreiras).
Seja ao considerar que você está começando a sua carreira ou pensando na possibilidade de mudanças dela, fazer as perguntas certas é fundamental. As oito questões a seguir, compartilhadas por empreendedores, inovadores, consultores e mentes criativas, poderá te ajudar a descobrir do que você realmente gosta e o que deveria estar fazendo.
Qual é a sua “bola de tênis”?
Essa pergunta, derivada de um excelente discurso dado no MIT, no ano passado, pelo fundador do Dropbox, Drew Houston, é uma ótima forma de exemplo para começarmos, porque vai direto ao ponto. Como Houston afirma, “As pessoas de maior sucesso são obcecadas em resolver problemas importantes, algo que importe a elas. Elas me lembram um cachorro perseguindo uma bola de tênis”. Para aumentar as suas chances de se tornar uma pessoa mais feliz e bem sucedida, Houston diz que você “precisa encontrar a sua bola de tênis – algo que te motive.”
Por vezes, nós podemos não nos atentar ao que realmente interessa, até que nós observemos as nossas atividades e comportamentos por uma perspectiva única e curiosa. “Você precisa perguntar a si mesmo, “O que eu me vejo fazendo?””, explica a autora e guru da felicidade Gretchen Rubin. “O que você passa tempo fazendo também pode dizer o que você deveria fazer como profissão. Porque, às vezes, as coisas que fazemos sem pensar são as coisas em que naturalmente somos bons.”
Dessa forma, procure sempre prestar atenção no que você gosta de fazer. Por exemplo, quando você estiver em uma livraria, como afirma a autora Carol Adrienne, qual a seção de livros você mais gosta de ir? “Isso não apenas aponta quais livros você gosta, mas onde a sua bola de tênis pode ser encontrada”.
Para um novo conceito da ideia “bola de tênis”, se pergunte: O que eu estou fazendo quando me sinto mais bonito? Assim é possível identificar não apenas o que te move, mas também o que te faz brilhar. Jacqueline Novogratz, fundadora do The Acumen Fund, disse que, em suas viagens ao redor do mundo, ela frequentemente perguntava as pessoas essa pergunta, de uma maneira inusitada.
Ela uma vez perguntou a uma mulher que vivia em uma favela, em Bombay, e a resposta foi: “não há nada em nossas vidas que seja bonito”. Porém, Jacqueline fez a mesma pergunta a uma mulher que trabalhava com jardinagem e ela disse, “Durante todo o inverno, eu trabalho e trabalho. Mas quando as flores nascem, eu me sinto bonita”.
Novogratz afirma que é importante pensar em um lugar e tempo em que você se sente mais vivo, mesmo que seja resolvendo um problema, criando, se conectando com alguém ou viajando. Qualquer coisa que seja, é necessário identificá-la e, se for possível, repetir a atividade durante o maior tempo possível. (Uma versão diferente da mesma pergunta de Novogratz é sugerida pelo consultor Keith Yamashita, do SY Partners: “Com quem você esteve quando estava em seu melhor humor?”
No que você acredita e que ninguém mais concorda com você? Essa é uma pergunta publicamente feita pelo co-fundador do PayPal e da Thiel Foundation, Peter Thiel, em entrevistas e palestras e que serve para dois princípios: ajudar a descobrir com o que você se importa e determinar o que vale a pena ser perseguido, baseado na originalidade. Thiel acredita que essa seja uma pergunta desafiadora porque pode ser difícil encontrar uma ideia ou crença que não seja compartilhada por um público em massa. “Normalmente, é frustrante”, ele diz ao site Pandodaily.
Se você conseguir encontrar um problema ou desafio que ninguém mais está enfrentando, você pode criar o seu próprio nicho de atuação e criar valor ao que faz. “Você não quer ser indiferente ao competir com outras pessoas”, Thiel afirma. Mesmo sendo ensinados a fazer o que os outros fazem e a obter sucesso por meio da competição, isso, na visão de Thiel, equivale a “bater a cabeça em uma parede ao invés de alcançar uma porta que ninguém entrou ou olhou ainda.”
Quais são os seus super poderes? A ideia por trás dessa pergunta de Yamashita serve para “desfazer a combinação de certos traços da personalidade de uma pessoa, além de suas aptidões, que vem à tona de forma desnecessária em qualquer situação”. A cineasta Tiffany Shlain, do Instituto Moxie, explora pontos fortes e poderes “super naturais” em seu novo filme para a internet chamado de “A ciência do personagem”, em que sugere que nós podemos identificar o nosso caráter inerente e pontos fortes e nos apoiarmos neles para uma vida mais feliz e de sucesso.
Está com dificuldades em listar os seus poderes e pontos fortes? Dê uma olhada na “Tabela Periódica de Pontos Fortes de um Indivíduo”, no filme de Shlain ou vá até o popular programa “Ache o seu Ponto Forte 2.0” do executivo Tom Rath, da empresa Gallup, com um menu que oferece mais de 34 características.
Uma vez que você identificar os seus pontos fortes, você estará em uma melhor posição para fazer o que for possível com o que já tem. Ás vezes, ao voltarmos ao passado, é possível ter uma visão do que realmente você é e do que gosta de fazer antes que os outros começassem a te dizer o que fazer. Então, do que você costumava gostar quando tinha 10 anos de idade?
Eric Maisel, um psicoterapeuta e escritor, concorda com a ideia e ainda complementa: “As coisas que nós amávamos quando éramos pequenos, provavelmente, são as coisas que ainda amamos até os dias de hoje”. Ele sugere fazer uma lista com as suas atividades favoritas e interesses na infância e observar o que ainda permanece com você na vida adulta. Dessa forma, há um processo em “atualizar” essas paixões. Você pode ter amado algo que não existe mais ou não faz mais sentido na sua vida – mas você também pode encontrar uma nova versão dessas paixões.
O que você está disposto a tentar agora? Uma das melhores formas de achar propósito e paixão na vida é por meio da experimentação. Para muitas pessoas, esse é um processo de intuição. Herminia Ibarra, professora do INSEAD e autora do livro “Working Identity: Unconventional Strategies for Reinventing Your Career”, aponta que há uma tendência de devoção extensa de tempo, pesquisa e planejamento para descobrir o caminho ideal antes de realizar qualquer ação. Isso pode envolver ler livros de auto-ajuda, procurar por conselhos e esperar por uma epifania que irá indicar o que você é “de verdade” – e onde poderá, em certo ponto, encontrar segurança para seguir em uma nova direção.
“Nós aprendemos quem somos na prática, não na teoria – testando a realidade”. Essa ideia é equivocada, de acordo com Ibarra. “Para nos lançarmos ao novo, precisamos pensar fora da caixa, ou seja, sair de nossas mentes”, ela afirma. “Nós precisamos agir”. Isso significa idealizar uma série de características e erros: Ibarra afirma que se envolver em atividades temporárias, fora de contratos e trabalhos de assessoria para adquirir experiência, desenvolver habilidades em novas áreas de trabalho, em programas, tirar um ano sabático ou aumentar o tempo das férias, também pode ser valioso para promover novas oportunidades de experimentação. Ela conclui: “Nós aprendemos quem somos na prática, não na teoria – ao testar a nossa realidade”.
Olhando para o passado, em sua carreira, 20 ou 30 anos a partir de agora, o que você gostaria de dizer que conseguiu realizar? Em uma entrevista, o CEO Jeff Weiner, da empresa LinkedIn, disse que, muitas vezes, ao fazer a pergunta acima a futuros empregados “ficava surpreso com quantas pessoas que não sabiam respondê-la”. Então aqui está sua chance para fazer isso (sem a pressão de ter Weiner esperando por sua resposta). Pense neste exercício como uma versão menos sombria daquela tarefa de “escrever o seu próprio obituário”. O que você incluiria na sua lista de futuras conquistas?
Melhor ainda! Ao invés de compilar uma lista de lavanderia, por exemplo, por que não descobrir… Que no final das contas a simplicidade é a melhor coisa. Qual é a sua frase? Essa é uma pergunta que tem como objetivo ajudá-lo a encontrar propósito e paixão à sua essência, por meio da formulação de uma única frase que resume quem você é e, o que, acima de tudo, está disposto a alcançar.
É a questão favorita do livro “To Sell is Human”, do autor Daniel Pink e, que cita como exemplo, o livro “Drive”, da jornalista e pioneira congressista Clare Booth Luce. Ao visitar John F. Kennedy no início de sua presidência, Luce estava preocupada de que Kennedy poderia estar em perigo ao tentar fazer muitas coisas e, assim, perder o foco. Ela disse a ele que “um grande homem pode ser definido por uma frase” – o que significa que um líder com um propósito claro e forte pode ser resumido em uma única linha (por exemplo, “Abraham Lincoln preservou a união e libertou os escravos.”).
Pink acredita que este conceito pode ser útil para qualquer pessoa, não apenas a presidentes. A sua frase pode ser: “Ele criou quatro crianças que se tornaram adultos felizes e saudáveis”, ou: “Ela inventou um dispositivo que fez a vida das pessoas mais fácil.” Se a sua frase é um objetivo ainda não alcançado, então você também deve perguntar: Como eu posso começar a viver de acordo com a minha própria frase?
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