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Como os aplicativos conquistaram a web móvel?

A internet pode ser a plataforma mais dominante dos últimos tempos. Porém, o número de pessoas que prefere utilizá-la por meio de aplicativos do Google e sistema iOS, aumenta cada vez mais.

Seis anos de revolução móvel. Os aplicativos são dominantes na internet. Mas não era para ser assim. A internet deveria ter vencido essa batalha e se tornado a plataforma de todos, livre de regras. E por um tempo isso estava acontecendo. Ela se tornou base para um grande consumo de negócios e empresas: Amazon, Facebook e Google: foi bem recebida pela Apple e pela Microsoft, mesmo que de forma cautelosa.

Suas vitórias foram importantes para os bastidores da rede – entre servidores e centros de dados. No palco principal, ou seja, no browser, o envolvimento de tecnologias para programações e apresentações foi superado, nos últimos anos, por aplicativos, softwares desenvolvidos e Java para Androide do Google ou Objective-C para o sistema operacional iOS, da Apple – ao invés de dar espaço para tecnologias como o HTML, o CSS e o JavaScript. É uma história que pode ser observada no início do Mozilla e em sua luta recente por relevância.

Culpe os dispositivos móveis, que oferecem uma base de interação de touch screen para aplicativos mais atraentes do que os feitos para a Web. A internet evoluiu para acomodar um sistema de “teclado e mouse”, baseado em interações com o desktop, antes de ser adaptada para o sistema móvel. E apesar da existência de sistemas móveis orientados, como as estruturas do JavaScript, terem levantado esse tipo de questão, o legado da internet pelo desktop ainda está presente.

De janeiro a março deste ano, de acordo com a empresa Flurry, que cuida de métricas on-line, o uso de aplicativos toma 86% do tempo médio de consumidores de dispositivos móveis nos Estados Unidos – o que representa cerca de duas horas e 19 minutos do dia e um aumento de 6 pontos percentuais a cada ano. O tempo de acesso à internet de dispositivos móveis durante este período aumentou de 14% para 20% durante o mesmo período no ano passado.

De acordo com Simon Khalaf, CEO da Flurry, as informações mostram que aplicativos, que eram considerados um mero modismo há alguns anos, estão dominando completamente as redes móveis.

As mudanças, medidas pela eMarketer, outra empresa de métricas, aconteceram em agosto de 2013, quando o tempo gasto em dispositivos móveis foi maior do que o gasto em laptops e PCs.

Consumidores passam uma grande parcela de seu tempo (cerca de 32%) interagindo com aplicativos de jogos – uma porcentagem inalterada desde o ano passado. Aplicativos de redes sociais e de comunicação, incluindo o Facebook, aumentaram o tempo gasto pelos usuários: de 24% passou para 28% no período de um ano. Já aplicativos de entretenimento e utilidades mantêm o percentual de 8% de tempo dos usuários, enquanto apps de produtividade chegaram a 4% do tempo total gasto pelos usuários com dispositivos móveis.

Analisando o mercado, Khalaf vê uma oportunidade, apontando que o Facebook e o Google, entre eles, recebem menos do que um quarto de atenção vinda de usuários americanos de dispositivos móveis. Ele também mostra, segundo dados da empresa ComScore, que as 10 melhores franquias on-line do mundo absorvem menos de 40% da atenção do consumidor.

O CEO percebeu que, enquanto a participação do Facebook na receita de publicidade móvel combina com o tempo em os usuários passam na rede, a mesma participação do Google é muito maior se comparada ao tempo gasto em aplicativos da empresa.

Outros apps não recebem uma parte dos gastos com publicidade móvel, comparando o tempo gasto pelos usuários. Eles têm 65,3% do tempo dos usuários, mas só recebem 32% das receitas de publicidade”, afirma Khalaf. “Isso representa uma grande oportunidade para investimentos, incluindo aplicativos de jogos, para gerar lucro por meio de publicidade.”

No entanto, o apelo dos aplicativos na web móvel se pauta a uma melhor experiência para os consumidores. Como John Gruber aponta, no ano passado, em artigo ao site Daring Fireball, “os aplicativos para a Web são a melhor maneira de alcançar um grande público com o mínimo de esforço. Eles são o melhor caminho para criar uma experiência única.” Agora, imagine a melhor experiência possível em termos de anúncios e publicidade. Talvez a web móvel seria mais bem vista sem ela.